Uma organização criativa de suporte emocional e legítimo fomento à pesquisa
Fleck, J.F.: Conexão Anticâncer, 20(1):2015
Em 1999, três mulheres sensíveis e empreendedoras trabalhavam como voluntárias em uma sala de quimioterapia anticancer. Duas eram sobreviventes do câncer de mama e compreenderam a importância do suporte emocional aos pacientes em tratamento. Perceberam que os sentimentos de medo, abandono e insegurança deveriam ser substituídos por uma atitude proativa de conscientização, enfrentamento, empatia e esperança.
Estas mulheres, generosas e criativas perceberam que pequenos gestos de solidariedade, como uma fita colorida usada como adorno, tinha um forte impacto no suporte emocional dos pacientes. Assim surgiu a Choose Hope Incorporation. A empresa foi idealizada por Cris McHugh, que heroicamente lutou contra um carcinoma inflamatório da mama por seis anos. Ela usou sua experiência de vida para ajudar outras pessoas sobreviventes do câncer. Apesar da Sra. McHugh ter falecido em 2003, as duas outras fundadoras Linda Nilsen e Paula Lundberg expandiram o conceito e hoje utilizam os recursos auferidos pelas cores e calendário do câncer para financiar pesquisas e suportar um trabalho psicológico e social.
A missão da Choose Hope Incorporation é de converter sua atividade lucrativa em significativas doações para reconhecidas instituições de pesquisa em câncer. Esta é uma forma isenta e ética de financiar pesquisa, pois não há conflitos de interesse. Um belo exemplo, com merecido reconhecimento internacional.
Para ter acesso ao calendário do câncer e todos os produtos da Choose Hope Incorporation ingresse no site www.choosehope.com e contribua divulgando os recursos de conscientização.
Admirável o trabalho destas mulheres corajosas e desprendidas de ego, que ajudam pessoas a suportar momentos de dor e a continuar lutando pela vida. O calendário de cores foi uma excelente ideia para juntar esforços no combate ao câncer.
Tal atitude de enfrentamento frente aos sentimentos negativos do tratamento demonstra "coping" positivo, ou seja, desenvolver esforços cognitivos e comportamentais para aguentar momentos ruins, como dano, ameaça ou desafio incomum ao cotidiano. Assim, elas lidam adequadamente com a situação, ao invés de levar como um momento de trauma, aproveitaram e criaram a empresa com intuito de superação. Trata-se da criação de novos ofícios para não permanecerem inertes. Ademais, observa-se solidariedade das três mulheres continuando a empresa como forma de suportar um trabalho psicológico e social e tornando exemplo de que é possível continuar trabalhando como antes do diagnóstico de câncer.
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