Testes iniciais foram feitos em mulheres com câncer de mama
Fleck, J.F.: Conexão Anticâncer, 19(11):2014
Nos Estados Unidos cerca de 49000 mulheres com idade abaixo de 50 anos são diagnosticadas com câncer de mama invasivo. Cerca de 11000 desta mulheres tem menos de 40 anos por ocasião do diagnóstico e muitas precisam ser tratadas com quimioterapia.
A quimioterapia é um método bastante agressivo e ao utiliza-lo podem surgir reações adversas, entre elas, a diminuição da fertilidade nas mulheres jovens. Diante deste fato, cientistas americanos do Prevention of Early Menopause Study (POEMS) em parceria com o National Cancer Institute (NCI) realizaram um estudo que promete minimizar o risco de infertilidade induzida pela quimioterapia .
Duzentos e dezoito pacientes com câncer de mama, receptor hormonal negativo e com idades entre 18 e 49 anos participaram do estudo POEMS. As pacientes foram distribuídas aleatoriamente para dois grupos. Um grupo era tratado com quimioterapia exclusiva e o outro com quimioterapia acrescida de goserelina administrada por via subcutânea uma vez por mês. No grupo de pacientes tratadas somente com quimioterapia ocorreu 11% de gestações após o tratamento, versus 21% de gestações bem sucedidas no grupo que recebeu quimioterapia mais goserelina.
A goserelina é um agonista LHRH e promove supressão da atividade ovariana durante o uso da quimioterapia. Quando cessam of efeitos da quimioterapia e a goserelina é interrompida a função ovariana volta o que auxilia na preservação da fertilidade.
Referência:
Moore HCF, et al. Prevention of Early Menopause Study (POEMS)/S0230, a Phase III Trial of LHRH Agonist Administration During Chemotherapy to Reduce Ovarian Failure in Early Stage, Hormone Receptor-Negative Breast Cancer: An International Intergroup Trial of SWOG, IBCSG, ECOG, and CALGB (Alliance). ASCO abstract LBA505. ClinicalTrials.gov URL: http://www.clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT00068601.
Embora o estudo comprove a eficácia da terapia ainda acho mais seguro às mulheres que irão se submeter a um tratamento antineoplásico fazer o congelamento dos seus óvulos. O estudo é recente e não se sabe exatamente quais os efeitos tardios poderiam ocorrer.
Embora o estudo comprove a eficácia da terapia ainda acho mais seguro às mulheres que irão se submeter a um tratamento antineoplásico fazer o congelamento dos seus óvulos. O estudo é recente e não se sabe exatamente quais os efeitos tardios poderiam ocorrer.
Embora o estudo comprove a eficácia da terapia ainda acho mais seguro às mulheres que irão se submeter a um tratamento antineoplásico fazer o congelamento dos seus óvulos. O estudo é recente e não se sabe exatamente quais os efeitos tardios poderiam ocorrer.
Embora o estudo comprove a eficácia da terapia ainda acho mais seguro às mulheres que irão se submeter a um tratamento antineoplásico fazer o congelamento dos seus óvulos. O estudo é recente e não se sabe exatamente quais os efeitos tardios poderiam ocorrer.
Este tipo de estudo melhora muito a qualidade de vida e auto estima de mulheres em idade fértil quando descobrem um câncer, pois muitas vezes acontece um turbilhão de emoções em que não dá tempo para parar e pensar no que fazer, sendo assim ter um medicamento que preserve a função ovariana vem de encontra a expectativa de diversas pacientes que sonham em ser mãe, mas que talvez por algum motivo não poderiam congelar seu óvulo.
Preservar a função ovariana e a fertilidade em mulheres jovens submetidas à quimioterapia é o sonho de muitas dessas mulheres. A pesquisa é otimista, fala em um aumento de 10% de gestações bem sucedidas.
O câncer ainda é uma doença bastante desconhecida no que se refere aos seus mecanismos de funcionamento. Assim, pesquisas que foquem não só no tratamento são de extrema importância, principalmente quando se trata da manutenção da qualidade de vida e perspectiva de futuro do paciente. Garantir à mulher o direito à opção de ser mãe é algo tão grandioso e que certamente faz toda a diferença no enfrentamento da doença.
A impossibilidade de gestação é um dos fatoras mais debilitantes emocionalmente que uma mulher pode enfrentar, talvez tão debilitante quanto o enfrentamento do câncer em si. A ideia de preservar a fertilidade pode servir como um alento e um fator a mais de motivação para enfrentar as etapas do processo terapêutico.
Sem dúvida alguma a impossibilidade de gestar para uma mulher é algo extremamente difícil e que acaba prejudicando sua maneira de enfrentar o câncer .Logo, estudos que foquem não só na doença ,mas também em garantir o direito a mulher de ser mãe são de suma relevância e que fazem toda diferença no enfrentamento da doença
Conquanto a incidência do câncer de mama cresça progressivamente após os 40 anos, ter o diagnóstico antes desta idade seria uma espécie de "preditor" de infertilidade, para a maioria das mulheres. Logo, a associação de quimioterápico com goserelina poderá auxiliar não só no enfraquecimento deste estigma, como também na melhora da qualidade de vida das pacientes.
Embora o tratamento do câncer esteja evoluindo no que diz respeito à taxa de cura, ele ainda trás morbidades importantes aos pacientes, estando a infertilidade entre elas. Como a gestação faz parte do plano maior de vida de muitas mulheres, é de importância sumária que se desenvolvam alternativas para contornar esse efeito colateral.
Estudos, como o POEMS, enfrentam desafios na comprovação da eficácia clínica em cenários reais, devido às restrições orçamentárias, complexidade e altos custos de ensaios clínicos randomizados e multicêntricos. Contudo, esses estudos trazem esperança às mulheres com câncer de mama invasivo que almejam a maternidade. Isso ressalta a necessidade de avanços na pesquisa científica para desenvolver novos tratamentos menos agressivos e mais seguros, incluindo a quimioterapia. Ademais, é crucial alcançar um equilíbrio adequado entre custo-efetividade.
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