Resultados apresentados no International Society for Evolution, Medicine & Public Health Meeting em Durham, NC USA
Fleck, J.F.: Conexão Anticâncer 10(5): 2016
Em junho de 2016 o Grupo de Tratamento Oncológico (GTTO) participa do International Society for Evolution, Medicine & Public Health Meeting (ISEMPH 2016) em Durham, NC USA. Trata-se de um exercício de inteligência coletiva, onde médicos e pesquisadores de diversas áreas do conhecimento interagem na busca de novos rumos para o entendimento das doenças e consequentes intervenções preventivas ou terapêuticas sob um viés evolutivo e social.
O GTTO desde de sua fundação em 1998, vem utilizando uma abordagem biopsicossocial (BPS) na assistência a seus pacientes com indicadores que revelam alto índice de satisfação. Sete intervenções BPS vem sendo sequencialmente implantadas, sem prejuízo para o modelo assistencial biomédico de tratamento do câncer sustentado em evidências. Curiosamente, nossa experiência revela uma convivência complementar entre os dois modelos conceituais.
As intervenções BPS incluíram retirada de anteparos assistenciais, visando maior proximidade e espontaneidade na relação médico-paciente, mudança comportamental do staff promovendo técnicas de acolhimento, estimulando no paciente a sensação de pertencimento, utilização de tutorial destinado a explicar ao paciente o racional médico, educação em câncer utilizando o cyberspace na construção da decisão compartilhada, suporte emocional e estímulo à resiliência.
Estas intervenções BPS resultaram não apenas em ganhos qualitativos, mas também em desfechos mais favoráveis. Uma avaliação retrospectiva dos últimos dois anos revelou melhora nos índices de sobrevida e custo-efetividade. O trabalho foi aceito para apresentação no ISEMPH 2016 em Durham, onde poderá ser apreciado sob a ótica crítica internacional.
Reference:
Fleck, JF: Improving cost-effectiveness using biopsychosocial approach in cancer treatment, Society for Evolution, Medicine & Public Health Meeting (ISEMPH), 2016 em Durham, NC USA
Pierre Lévy cunhou o termo “inteligência coletiva” à maneira de pensar, trocar informações e compartilhar conhecimentos comparativamente a um grande circuito integrado. A premissa de inteligência individual, para ele, foi suplantada por este novo modelo de coparticipação de ideias em que vários especialistas colocam, por meio do desenvolvimento de novas tecnologias de comunicação, seus conhecimentos à disposição de um determinado grupo de pessoas ou da sociedade como um todo. O fomento ao pensamento crítico é, porém, indispensável ao exercício da inteligência coletiva, exigindo, portanto, sempre a verificação das fontes de pesquisa e a confiabilidade das referências.
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